terça-feira, 22 de março de 2011

O momento em que a estrutura ganha de títulos

Quando sentamos numa mesa de bar com os amigos para discutir futebol, o primeiro argumento para enaltecer a grandeza de um time são os títulos conquistados, certo?  O meu ponto de vista parece ser o mesmo de vários treinadores pelo Brasil e pelo mundo: a estrutura vai derrubar a taça de campeão brasileiro.

Por que será que ninguém quer ser treinador do Fluminense? Pois é o atual campeão nacional, tem dinheiro investido por um ótimo patrocinador, tem um elenco considerado um dos melhores do país, mas o que será que falta? Fácil, basta apenas olhar a foto e ver as condições do gramado das Laranjeiras, local onde o Flu treina. Falta estrutura.

Que me desculpem aqueles que são quatro, cinco, seis vezes campeão brasileiro, ou da libertadores, mas parece que isso não vem sendo peso na balança de alguns treinadores na opção de escolha não. Hoje quem vive a base da sala de troféus para sobreviver na história do futebol é patético. O torcedor deixa muito claro toda essa questão. Como pode um atual campeão nacional ter uma das menores médias de público do Brasil atualmente entre os clubes considerados grandes? Torcedor não quer passado, quer presente e futuro. Feliz é aquele que tem uma perspectiva de um futuro melhor do que o passado, pois o próprio nome diz: passado é passado, não volta atrás.

Podemos citar exemplos de alguns treinadores que optam por estrutura do que títulos conquistados: Luxemburgo ao chegar no Flamengo pediu um centro de treinamento no clube e condições de trabalho, a promessa foi feita, resta ao clube cumprí-la.

A saída de Muricy do Fluminense ainda não convenceu a ninguém. Estava claro que havia algo podre nas Laranjeiras, além do gramado e da estrutura. Mas ele deixou claro que o Fluminense não oferece condições de trabalho a nenhum profissional e tal motivo pode ter assustado aos candidatos que poderiam ter assumido o cargo, mas que recusaram. Foram eles Dorival Jr, Levir Culpi e o mais recente Gilson Kleina que preferiu ficar na modesta Ponte Preta do que assumir o atual campeão brasileiro.

Não acreditaria se o Dorival trocasse seu trabalho no Atlético MG pelo Fluminense, pois no clube mineiro vive ótima fase, além de trabalhar no clube de melhor estrutura do país. Levir não volta ao Brasil tão cedo e muito menos para entrar numa fria que está o tricolor. Já Gilson Kleina surpreendeu a todos por recusar o convite e ficar na Ponte Preta, time que disputa a série B do Brasileiro, mas afirmou que o projeto da Ponte era melhor.

Será mesmo que as estrelinhas na camisa estão valorizadas? O torcedor não quer saber de passado e nem os treinadores e nem jogadores. O torcedor quer futuro, o treinador e o jogador querem trabalhar bem.

Um comentário:

Mauricio Motta disse...

Absurdo mesmo um técncio dizer que a Ponte Preta tem um projeto emlhor que o do atual campeão brasileiro. Mas será que não é verdade?
Acho que Gilson Kleina não aceitou ser o "tampão" de Abel Braga.
Tinha que citar o Atlético no post né? rs
Quem sabe o Natalino não surge no bagunçado Fluminense?
Abraços