segunda-feira, 3 de maio de 2010

O Maior de Minas - 40 vezes CAMpeão





































As 6:30h da manhã o despertador tocou, e tocou de uma forma de que o domingo seria um domingo diferente, pois era dia de ir para o Magalhães Pinto, o Mineirão. O toque do despertador não era um "triiiiimmmm" e  "din dom" não, muito menos uma música, era simplesmente o hino do Galo tocando. Ah, como é bom acordar ouvindo "Nós somos do Clube Atlético Mineiro", o dia começa bem. Levantei, tomei banho, fiz tudo que tinha que fazer assim como todo mundo e depois tomei um café. Não era um café com pão, era um pedaço de bolo de cenoura com cobertura de chocolate que a Dona Eliane faz especialmente pra mim e tomei um copo de coca cola geladinho. Não sou maluco, sou viciado em Coca Cola mesmo. Quando acordei, meu pai já estava se arrumando para o mesmo destino que eu, o Mineirão. Minha mãe estava preparando um lanche para mim, afinal, tinha que economizar dinheiro evitando de comprar lanches para comprar ingresso na mão de cambista. Jogo do Galo é assim, ingresso tá sempre faltando na bilheteria. Fiquei pronto, coloquei minha camisa do Galo, meu boné do Galo e uma calça jeans e minha mochila com meu lanche, blusa de frio. Saí de casa era 8hrs como combinado com os amigos para pegar a van. Cheguei na praça com meu pai, meu cunhado e aos poucos foi chegando o pessoal, todos empolgados como eu para a final do Campeonato Mineiro. A van chegou as 9h com um pouco de atraso, mas valia tudo, não era dia para discutir, era dia de festa. Durante a viagem foi só zuação, paramos no tradicional Roselanche, em Barbacena, para ir ao banheiro ou tomar alguma coisa. Eu aproveitei e comi o meu lanche e seguimos viagem. A viagem começou a ficar um pouco tensa, pois o motorista estava muito devagar e chegando em BH o movimento de carros já estava intenso indo em direção ao Mineirão. Enfim, chegamos por volta das 13:20h. A partir dali começava a correria por ingresso, mas não era só nós, muita gente aos redores do estádio correndo atrás de ingresso, ninguém queria ficar de fora da final. As ruas já estavam tomadas pela massa do Galo, cambistas sumidos, era um ou outro vendendo ingresso, que por sinal teve um com a coragem de cobrar R$150  em um ingresso que na bilheteria custa R$25 , mas sempre foi assim, infelizmente. Na verdade tinhamos ingresso sim, mas não nos setores que todos gostariam, tínhamos ingresso para a geral e cadeira inferior e poucos de cadeira superior. A hora do jogo estava chegando e então resolvemos ficar com os ingressos que conseguimos. Por perto tinha algumas pessoas de olho nos bilhetes, pois  havia muita gente sem ingresso ainda. Eu não podia deixar meu pai ir de geral porque eu apesar de ainda ter ido eu sabia que era cansativo, então eu deixei ele ir para a cadeira superior e ficar confortável e fiquei com o ingresso da geral, eu e mais dois amigos. Estava tudo certo, todo mundo com ingresso, tirando fotos, rindo até dar a hora de entrar. Fui para o portão era umas 14:30h e o jogo começava as 16h, parece muito cedo, mas era para pegar um lugar bom na geral. Entramos e o sol estava muito quente. O jogo não começava, mas na arquibancada a torcida estava agitada e preparando uma festa. Quando deu a hora do jogo começar, não sobrava espaço para respirar de tão lotado estava, mas era bom aquele estádio completamente tomado. Era minha primeira vez na geral, estava estranhando, mas me acostumei rapidamente. Começou o jogo e a torcida fervendo, a visão não era das melhores, mas quem se importava com isso na decisão? Primeiro tempo foi morno, Galo administrando o resultado favorável e tocando bola para não cansar sem necessidade, pois o Ipatinga não assustava. No segundo tempo, o Atlético voltou de outra forma, começou a agredir o Tigre. Quem tinha Tardelli no time ficava tudo mais fácil, o homem estava jogando demais e foi coroado com gol depois de um belo passe de Muriqui. O gol foi o suficiente para começar o grito engasgado na garganta de "É CAMPEÃO". Era só festa e a torcida pedia por Marques, o maior ídolo da história recente do Galo e Luxemburgo atendeu o pedido da torcida. Parecia que estava tudo escrito quando Marques marcou o segundo gol. Com um passe de Ricardinho que parecia estar jogando futebol de salão, ele colocou Marques na cara do gol que tirou de Douglas e foi para a torcida. Aquele momento vai ficar na história do Mineirão. Gritos de campeão soavam no estádio, tava balançando, era o Atlético Mineiro voltando a levantar taça. Apito final e começaram as festas, foguetes, fogos de artifício, volta olímpica dos jogadores, até mesmo de quem estava sem jogar por contusão como Obina, Serginho e outros, mas um momento vai ficar marcado. Quando o Dom Diego Tardelli pegou uma flanelinha para ilustrar a taça do Campeonato Mineiro. Por falar em flanelinha, muito obrigado ao nosso amigo rival Cruzeiro que nos presenteou, foi muito útil. Ah, obrigado também por guardar nossa vantagem na final, mas eu já sabia que essa taça era minha. Quando era umas 19h saímos do Mineirão e fomos encontrar os amigos lá fora. Ah, quanta alegria de todos! Então deu a hora de ir embora, mais zuação dentro da van. A viagem foi cansativa, fiquei sem voz, cãimbra, mas para ver o Galo ser novamente campeão faria tudo de novo e mais um pouco. Obrigado Galo, fez a massa feliz!

40 vezes CAMpeão Mineiro - O Maior de Minas
Clube Atlético Mineiro

Um comentário:

Mauricio Motta disse...

Muito legal o relato do seu dia vencedor. Parabéns mais uma vez. Foi muito merecido.
O que mais gostei foi ver o Marques fazendo o gol do título. Ele realmente é um dos maiuores ídolos da história do clube.
A torcida atleticana é fanática. Uma massa que merece ser respeitada. Gostei muito da vitória de vocês.
Espero que a vez do meu Vasco não esteja tão longe.
Ps: Tomar coca cola de manhã é dose hein!
Abraços