Super Barça, Super Messi!

Ultimamente o dicionário português, espanhol, inglês tem faltado palavras para definir Lionel Messi, mas o que pode chegar mais perto disso é: Gênio. Vamos concordar que o "El Clássico" da Liga dos Campeões nessa quarta não foi de grandes emoções, de lances bonitos, pelo contrário, teve muita cadência, jogadas violentas e catimbas. Mas isso não importa, pois o Barcelona jogou como se estivesse em casa e deixou o Real Madrid como visitante, não foi por acaso mais de 70% de posse de bola na casa do adversário.

Com duas finalizações na partida e dois gols, Messi garantiu a vitória dos catalães por 2 a 0 sobre os madrilenhos em pleno Santiago Bernabeu com quase 80 mil pessoas. Em um dos gols, uma obra de arte do melhor jogador do mundo.

O clássico já havia começado nas vésperas do jogo com a troca de farpas dos treinadores Pepe Guardiola e José Mourinho, que ultimamente sua língua anda afiada. Tudo bem, é o melhor treinador do mundo ainda, mas só no filme "300" que a minoria vence a maioria e no caso de Barcelona e Real Madrid, o conjunto Barcelona é superior ao solitário treinador português. Sem desmerecer os galáticos merengues de Cristiano Ronaldo, Di Maria, Ozil que é um ótimo time, mas do outro lado são jogadores campeões da Copa do Mundo de 2010 e o melhor jogador do mundo, Lionel Messi.

Na próxima terça, catalães e madrilenhos fazem o último clássico da série de quatro jogos em menos de um mês. Pode ser esse o mais importante do ano, pode ser esse o jogo mais esperado do ano. No grande duelo de 2011 é uma vitória para cada lado e um empate. Na vitória do Real, a conquista da Copa do Rei nos acréscimos. No triunfo do Barça, pode ser a classificação para a final do campeonato mais importante da Uefa, a Liga dos Campeões (Uefa Champions League), sem contar que o Barcelona ainda tem uma ampla vantagem para a conquista do Campeonato Espanhol.

Como no post anterior, eu ainda acho equilibrado o confronto com favoritismo do Barça, mas tudo pode acontecer no futebol. O Real Madrid não é time que se menospreze, afinal tem Cristiano Ronaldo em seu elenco. O Barcelona deu um longo passo a frente, mas apenas com um pé. O último confronto é no Camp Nou, fator muito vantajoso para o Barcelona que na última partida, um sonoro 5 a 0. Mas uma das grandes expectativas para este duelo talvez nem seja pelo nome Barcelona e Real Madrid, mas pela espera de mais um espetáculo de Messi. Se for dia do "Super Messi", com certeza será dia do "Super Barça".

Tudo igual no primeiro duelo do "El Superclássico"

No primeiro confronto do ano e também da maratona de quatro jogos em menos de um mês, Real Madrid e Barcelona empataram por 1 a 1 na tarde deste sábado no Santiago Bernabéu. O clássico de hoje foi válido pela 32ª rodada do Campeonato Espanhol e o resultado deixou os catalães mais perto do título com oito pontos de vantagem sobre os rivais merengues.

Muita polêmica, reclamação, raça e pouco futebol foram os ingredientes do clássico em Madrid. Messi e Cristiano Ronaldo foram os marcadores, ambos em cobranças de pênalti.

Acostumado com um esquema ofensivo, o técnico do Real, José Mourinho abriu mão do ataque para se defender. Era claro que ele estava com a amarga lembrança dos 5 a 0 tomado no primeiro turno no Camp Nou. O português viu o Barcelona ficar mais de 80% da posse de bola no primeiro tempo, mas sua tática deu certo e o time de Messi e cia não assustava.

No segundo tempo, ambas as equipes voltaram da mesma forma que foi a primeira etapa, poucas chances de gol. O Real assustou com uma bola na trave chutada por Cristiano Ronaldo em cobrança de falta. Mas tudo parecia que seria mais uma derrota dos merengues no clássico quando Raul Albiol fez pênalti em Villa e levou cartão vermelho. Na penalidade, Messi bateu firme e abriu o placar para o Barcelona.

A vantagem não assustou o Real Madrid que foi ao ataque mesmo com um jogador a menos e assustou em cabeçada de Pepe na rede do lado de fora. Mourinho que optou por Ozil começar no banco, colocou o alemão na segunda etapa e deu certo. Foi dos pés de Ozil que saiu o lançamento para Marcelo que sofreu pênalti de Daniel Alves. O lance causou muita reclamação e revolta dos jogadores do Barça, mas Cristiano Ronaldo já estava preparado para a cobrança que empataria o clássico. Bola de um lado e goleiro para o outro e placar final em Madrid. Com o empate, o time catalão manteve os oito pontos de vantagem sobre os merengues e segue firme em busca do título. Já o Real precisa de vencer seus jogos e torcer por três tropeços de um time que perdeu apenas uma vez na temporada.

Mas este foi apenas o primeiro duelo da série de quatro jogos decisivos que Barcelona e Real Madrid farão em menos de um mês. Na quarta feira que vem, os dois times entram em campo novamente na disputa do titulo da Copa do Rei, jogo que será realizado em Valência. Logo depois, o clássico se repetirá nas semifinais da Champions League.

Se tivesse que apostar em alguém, apostaria no Barcelona peo futebol apresentado. Mas não seria nenhuma surpresa se o Real levar a melhor nos duelos, até porque é um clássico e os merengues tem um excelente elenco como o Barcelona. Só espero que não sejam jogos como foi o de hoje, muito cadenciado e pouca criatividade. Todos nós esperamos espetáculos de ambas as partes, porque ingredientes é o que não faltam para isso.

O antes e depois do Atlético

No início do ano, a revista Placar divulgou uma matéria sobre o agitado início da temporada do Atlético Mineiro com grandes contratações, permanência de jogadores, altos salários e a estrutura do clube.

Três meses depois, parece que as coisas estão indo de mal a pior na Cidade do Galo. Após a venda de Obina, Diego Souza, Tardelli, o clube alvinegro anunciou semana passada a demissão de Ricardinho e Zé Luis, ambos a pedido de Dorival Junior.

O Atlético mergulhou de vez na crise após a saída de seu ídolo Diego Tardelli e de alguns resultados ruins no Campeonato Estadual, apesar de estar na vice liderança, e a derrota na Copa do Brasil para o Grêmio Prudente na última quinta feira por 2 a 1.

Um time que contava com estrelas em seu elenco, hoje o treinador tem dificuldades para escalar o time ideal e chega a subir jogadores da base para compor o elenco. Não que faltam jogadores, o Atlético tem mais de 30 atletas em seu plantel, mas a deficiência técnica de alguns é o grande x da questão.

A dispensa de Ricardinho e Zé Luis pegou de surpresa os torcedores do Galo. Todos sem entender o motivo da demissão de ambos, pois deficiência técnica não era.

De acordo com o presidente do clube, Alexandre Kalil, na coletiva de hoje, os três últimos treinadores (Celso Roth, Luxemburgo e o atual Dorival Junior) pediram a saída dos dois meio-campistas do elenco atleticano. Isto soa de uma forma que o problema não era dos treinadores e sim dos atletas. Mas na coletiva, Kalil não informou o motivo da demissão, apenas afirmou que fez a pedido de Dorival.

Segundo fontes não oficiais, Ricardinho e Zé Luis questionaram o elenco atleticano, julgando-o fraco após a saída dos outros jogadores. Mas os dois ainda não deram nenhuma entrevista para esclarecer o motivo das dispensas. 

A torcida que antes idolatrava o mandatário, hoje já não tem o mesmo amor. Depois de prometer um Atlético forte para a temporada de 2011, o Galo tem o pior elenco desde quando assumiu o cargo de presidente. Jogadores como Mancini, Daniel Carvalho, Guilherme podem fortalecer novamente o elenco, mas a grande dúvida é quando eles vão resolver jogar bola, sem contar que o diretor de futebol Eduardo Maluf prometeu reforços ainda nesta semana.

A crise por enquanto não é dentro de campo, mas é evidente que o Campeonato Mineiro não permite isso. A maior prova de fogo do Galo foi na Copa do Brasil, na derrota para o Grêmio Prudente. Mesmo precisando de uma vitória simples, esse jogo da volta tem tudo pra ser o mais complicado da equipe neste primeiro semestre. O clássico contra o Cruzeiro, o Atlético ainda tinha suas estrelas e por isso venceu de forma convincente.

Mas como tudo para ficar bom tem que estar ruim, é melhor que comecem a organizar novamente o Atlético no estadual do que passar o sufoco de 2010 novamente no Campeonato Brasileiro. Reforços não são precisos e sim uma questão de vida ou morte do clube se quiser almejar algo nesta temporada, senão o barco já estará afundado há muito tempo.